Um dos maiores males enfrentados pelas pessoas com deficiência é o capacitismo, o qual pode prejudicar de forma significativa a sua felicidade.
Neste artigo, você vai conferir o que é a ideologia capacitista, como ela se manifesta na educação e quais são as formas pelas quais podemos combatê-la. Então, prossiga com a leitura para descobrir.
O que é capacitismo?
Primeiramente, um pensamento capacitista ou ableísta é aquele que julga um indivíduo simplesmente por sua suposta capacidade, o que naturalmente cria preconceitos contra as pessoas portadoras de necessidades especiais (PNEs). Assim, aquele que estiver à margem de um padrão pré-estabelecido culturalmente pela sociedade (“normal”) pode ser considerado um incapaz ou um inútil.
Essa prática nefasta pode se manifestar em atitudes e frases do cotidiano, como dizer de maneira pejorativa que alguém é “deficiente” ou “especial”, frisar que ela não teria a capacidade de realizar tarefas importantes e tratá-la de forma infantilizada. Esse aspecto é ainda mais temerário pois, no Brasil, vivem mais de 17 milhões de pessoas com algum tipo de necessidade especial, segundo estatísticas do IBGE.
Como ele se manifesta na educação?
Enfim, o capacitismo é bastante danoso, especialmente para a educação. É possível que ele se manifeste já na infraestrutura de uma escola, a qual pode não ter uma acessibilidade adequada para todos na entrada do edifício, ou até nas salas de aula.
Ademais, o pensamento capacitista pode existir nas relações sociais dentro do colégio entre alunos e também com os professores. Infelizmente, a discriminação e o bullying contra os PNEs é um fato presente na realidade de muitas escolas.
Além disso, podemos identificar ainda a possibilidade de existir a ideologia capacitista no próprio ensino. Dessa forma, os conteúdos escolares poderiam estar direcionados simplesmente para a formação desumanizada para o mercado de trabalho (padrão pré-estabelecido), o que poderia excluir o projeto de vida de diversos alunos. A nível pedagógico, isso também poderia se manifestar na segregação de estudantes com transtornos de aprendizagem.
Como desenvolver uma educação inclusiva?
Sobretudo, a inclusão educacional é garantida por lei no Brasil pela LDB (1996), pelo PNE (2014), pelo Estatuto da Pessoa Com Deficiência (2015) e pela BNCC (2017). Contudo, é essencial passar da teoria à realidade e concretizar propostas que melhorem a experiência dos portadores de necessidades especiais nas escolas. Nesse sentido, as instituições de ensino precisam disseminar valores como:
- diversidade;
- empatia;
- pertencimento;
- aceitação das diferenças;
- cooperação;
- representatividade e visibilidade dessa população.
Entretanto, como isso poderia ser feito na prática? De fato, existem algumas iniciativas que as escolas podem tomar, tais como:
- construção de um ambiente tolerante de aprendizagem;
- aquisição de infraestrutura com acessibilidade;
- oficina de competências socioemocionais;
- campanhas e palestras de conscientização;
- formação de profissionais da educação preparados para a inclusão.
Por fim, você conferiu neste artigo que o capacitismo é bastante nocivo para a educação, porém existem diversas formas de combatê-lo. Logo, cabe a todos os envolvidos com o processo de ensino e de aprendizagem se posicionarem e trabalharem para superar esse estigma.
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