Os transtornos de aprendizagem podem afetar muitas crianças em idade escolar, fazendo com que o seu desenvolvimento seja prejudicado consideravelmente caso não haja uma orientação adequada. Neste artigo, você vai conferir com mais detalhes o que são eles, quais os principais tipos, como a família deve atuar e qual o papel do professor e da escola nesse processo. Continue com a leitura para descobrir.
O que são transtornos de aprendizagem?
Eles são condições neurológicas que afetam a vida de uma pessoa e dificultam o processamento de informações. Desse modo, isso afeta diretamente a aprendizagem de novos conhecimentos e a utilização eficaz de novas habilidades. Existe uma enorme variação entre eles, os quais podem ser classificados por grau leve, moderado ou grave, além de poderem ser de curta ou longa duração.
De modo geral, os transtornos têm impacto no desempenho escolar. Em alguns casos, eles são diagnosticados somente na idade adulta. Segundo pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria, 5 a 15% das crianças na escola possuem algum tipo de transtorno, ao passo que 4% dos adultos manifestam algum dos seus sintomas.
Contudo, é fundamental frisar que isso não significa que a pessoa acometida seja menos inteligente ou incapaz. Cada indivíduo tem o seu próprio ritmo de aprendizagem, com pontos fortes e fracos. A orientação pedagógica e familiar é que vai ditar a evolução do processo educacional. Caso contrário, o aluno terá sérios problemas na autoestima, no desenvolvimento e na motivação, o que poderá levar inclusive ao abandono escolar.
Principais tipos
Discalculia
Em outras palavras, ela é a dificuldade crônica em aprender a matemática. Os indivíduos que carregam esse transtorno não conseguem acompanhar com facilidade o raciocínio que fundamenta as operações e os cálculos. Desse modo, a identificação visual dos números e a sua contagem também fica prejudicada.
Disgrafia
Ao contrário da discalculia, a disgrafia afeta as habilidades da escrita. Geralmente, a criança apresenta aqui dificuldades de escrever números e letras, além de ter problemas com a ortografia e a caligrafia. Em suma, ela não consegue expressar no papel aquilo que está em seus pensamentos de forma natural.
Dislexia
Condição identificada por meio da dificuldade em ler e escrever. Esse é um dos transtornos de aprendizagem mais comuns, no qual a pessoa demora para compreender e reter as informações de maneira simples. Uma característica bastante presente na dislexia é a falta de atenção e concentração. Além disso, o disléxico frequentemente escreve as palavras de forma estranha e as troca por outras de grafia ou som semelhantes.
Dispraxia
Transtorno que afeta as condições motoras e de coordenação da criança. Ou seja, ela não consegue manter facilmente a postura nem o equilíbrio, o que a leva em alguns casos a ter dificuldade para falar.
Disfasia
É representada por uma fala descoordenada, bem como o óbice de apresentar palavras de forma a serem compreendidas claramente. Desse modo, a disfasia é um transtorno da linguagem oral.
Disortografia
Esse transtorno pertence ao campo da linguagem, caracterizando-se pela dificuldade em escrever sem erros de ortografia, além de redigir com frequência frases desordenadas. Desse modo, a leitura e a escrita se tornam atividades bastante custosas.
Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
O TDAH tem causas genéticas e seus sintomas incluem impulsividade, ansiedade, hiperatividade, falta de atenção e inquietação. Logo, as crianças com essa condição frequentemente não conseguem seguir as instruções na escola e tiram notas baixas por não se concentrarem nas provas.
Transtorno do espectro autista (TEA)
Caracteriza-se pela dificuldade de socializar-se e de se comunicar. O TEA, embora tenha sintomas de estilo parecido com os outros transtornos de aprendizagem, é uma condição mais ampla e mais complexa. A fixação em algum assunto ou objeto e a repetição de práticas e comportamentos também são outros aspectos marcantes.
Transtorno opositor-desafiador (TOD)
É um padrão comportamental desafiante e negativo identificado através da desobediência a figuras de autoridade, como a família e o professor. Em casos graves, a criança pode demonstrar irritação exagerada e atitudes violentas.
Transtorno de processamento auditivo central (TPAC)
É o transtorno da função auditiva. Ele se caracteriza pela dificuldade em processar informações que chegam através da audição. Então, a pessoa consegue ouvir, mas não consegue interpretar corretamente a mensagem. O TPAC prejudica diretamente a aprendizagem do aluno em sala de aula pela incompreensão do que o professor fala.
Como a família deve agir
Em primeiro lugar, a família tem de procurar a ajuda especializada de um psicólogo, psiquiatra ou psicopedagogo caso perceba algum indício desses transtornos. Os sintomas podem ser identificados ao se prestar atenção no comportamento dos filhos, principalmente ao acompanhar o seu dever de casa.
Feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, a família deverá alertar essa condição para a escola e construir novos hábitos e práticas compreensivas para favorecer o desenvolvimento da pessoa acometida. Infelizmente, muitas instituições de ensino não têm a preparação necessária para incluir um estudante com algum dos transtornos de aprendizagem. Nesse caso, sugerimos fortemente que você procure uma boa escola com expertise nesse tema.
O papel do professor e da escola para identificar a dificuldade
Após a família comunicar que a criança possui algum dos transtornos de aprendizagem, a direção da escola e os professores do aluno devem atentar para que ela seja acolhida e não discriminada. A montagem de um planejamento específico para a aprendizagem na escola é fundamental, o qual deve conter ferramentas pedagógicas que diminuam os obstáculos que o transtorno pode causar para a pessoa.
Além disso, a família nem sempre será a primeira a desconfiar que a criança possui essas condições. Em muitas vezes, é a própria equipe pedagógica que identifica os primeiros sintomas na escola, devendo então alertar a família o mais rápido possível. A reunião de classe, também chamada de reunião de pais e mestres, é uma excelente oportunidade nesse sentido.
Educação é inclusão
Os transtornos de aprendizagem representam um tema fundamental no campo educacional, em especial no debate urgente que a sociedade tem de travar sobre a inclusão. Conhecer e respeitar são sempre os melhores remédios, tendo em vista que a aprendizagem das pessoas com essa condição depende de uma abordagem individualizada para que possam se desenvolver.
Na Milênio Reforço Escolar, temos professores especialistas nesses transtornos que adaptam o seu método de ensino para esse contexto. Se você tiver filhos com essas condições e que estejam com dificuldade de aprendizagem, entre em contato com a gente, pois podemos lhe ajudar.
