Teoria da Evolução

Teoria da Evolução

A Teoria da Evolução é um paradigma biológico que ajuda a explicar a origem e o desenvolvimento do homem e das espécies do planeta.

Neste resumo, você vai descobrir o que é essa Teoria, quais foram os principais cientistas que a formularam, o que é seleção natural e como se passou a evolução da espécie humana. Assim, continue com a leitura para conferir.

Teoria da Evolução: definição

Dá-se esse nome ao processo de surgimento e de desenvolvimento das espécies no planeta ao longo dos milênios. Essa temática foi pesquisada por diversos cientistas desde o século XVIII, a partir da coleta de evidências e de muita discussão acadêmica.

Tradicionalmente, esse paradigma tem a publicação do livro “A Origem das Espécies” (1859), do naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), como a sua data de fundação. A teoria darwiniana consiste na análise da história da seleção natural das espécies. Em suma, segundo a Teoria, as espécies que hoje habitam no planeta (humanos, animais, vegetais, etc) são descendentes de outras espécies que passaram por modificações ao longo da história e transmitiram características novas aos seus sucessores.

A saber, Darwin passou anos estudando as espécies das Ilhas Galápagos para formular a sua constatação de que os indivíduos têm origem em um ancestral comum cujos descendentes passaram por transformações ao longo das gerações. Por exemplo, o cientista verificou que os cascos das tartarugas que viviam nas diferentes ilhas desse arquipélago tinham formatos diversos: alguns de sela, outros de concha.

Wallace e Lamarck

Ademais, cabe ressaltar a obra de dois outros cientistas da época que estabeleceram os alicerces da Teoria da Evolução. Primeiramente, Charles Darwin em muito sofreu a influência dos escritos de outro naturalista britânico e seu colega acadêmico, Alfred Wallace (1823-1913). Esse último também foi um defensor da ideia de seleção natural. Por meio de pesquisas feitas com as espécies na região amazônica, ele apontou a pressão das características daquele ambiente sobre a variação nas características dos animais e vegetais.

A seguir, outro evolucionista de renome foi o naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829), cujos resultados de pesquisa ganharam a denominação de lamarckismo. Sobretudo, este autor propunha a “lei do uso e do desuso”. Logo, esse paradigma previa que as partes de um corpo se desenvolveriam ou atrofiariam a partir da frequência do seu uso. O melhor exemplo dessa tese seria o caso do pescoço das girafas, o qual teria se tornado mais comprido ao longo das gerações por causa da necessidade de se alcançar galhos mais altos para se alimentarem.

Nesse sentido, tais características se transmitiriam para os descendentes das espécies desses corpos ao longo dos milênios, o que também é conhecido como “lei da transmissão dos caracteres adquiridos”.

Seleção natural

De antemão, é importante esclarecer o que se configura como uma seleção natural. Esse processo diz respeito à capacidade de adaptação das espécies em um ambiente. A partir dessa constatação, podemos estabelecer alguns postulados:

1) Indivíduos com características mais apropriadas ao ambiente têm uma chance de sobrevivência superior do aqueles que não as tem.
2) A chance de produção de descendentes é maior para os indivíduos com características mais apropriadas ao ambiente.
3) Existem diferenças entre indivíduos da mesma espécie, as quais são o produto de variações entre as suas características próprias.

Modalidades de seleção natural

Ou seja, a Teoria da Evolução de Darwin tem como lema a “sobrevivência do mais apto”. Adiante, podemos elencar vários tipos de seleção natural, como você pode ver a seguir:

  • Direcional: a pressão da seleção natural favorece uma característica específica.
  • Estabilizadora: a pressão da seleção natural privilegia as características intermediárias e rejeita os extremos.
  • Disruptiva/disjuntiva: a pressão da seleção natural privilegia as características extremas e rejeita as intermediárias.
  • Sexual: as características referentes à sexualidade são privilegiadas em detrimento dos aspectos relacionados à ambientação.
  • Artificial: a seleção age segundo condições impostas artificialmente pelo homem.

Neodarwinismo

No século XX, surgiu uma corrente científica que buscou aplicar os conhecimentos da genética na Teoria da Evolução: o neodarwinismo. Assim, é razoável afirmar que esse movimento buscou preencher as lacunas e avançar o trabalho de Darwin com dados da ciência contemporânea. A saber, ele propunha os seguintes postulados:

1) A escassez de recursos no planeta podem levar os indivíduos de uma espécie a disputarem esses recursos à força para sobreviver. Logo, as variações nas características podem favorecer ou limitar os indivíduos nesse contexto, o que faz com que os menos aptos corram o risco de morrer ou não se reproduzir.
2) Os indivíduos mais aptos a esse ambiente de conflito podem transmitir para a sua descendência as características que favoreceram a sua sobrevivência, desde que essa seja hereditária.
3) As variações nas características em indivíduos da mesma espécie ocorrem por meio da reprodução sexuada e da mutação. A saber, elas podem ser hereditárias.

Conceitos neodarwinistas

Também conhecido como Teoria Sintética da Evolução, o neodarwinismo utiliza importantes conceitos como mecanismo de hereditariedade, recombinação genética, variabilidade genética e mutação. Todos eles têm a grande influência dos estudos do botânico Gregor Mendel sobre os fatores genéticos.

Primeiramente, a mutação seria um processo não-dirigido que daria origem a um novo gene. Assim, a variação genética produzida pela mutação seria influenciada pela própria seleção natural, a qual selecionará o indivíduo mais apto em um ambiente. Esse movimento abarca alterações no DNA, impactadas pela pressão seletiva que determina quais são os genes mais adaptados ao ambiente.

Adiante, a recombinação gênica é uma mistura do material genético da espécie que acarreta uma nova combinação com novas características. Nesse sentido, ela pode ocorrer por meio de três formatos:

1) Crossing-over: durante a divisão celular que acontece na meiose, o material genético é transmitido entre os cromossomos homólogos, o que cria uma quantidade fenotípica superior na descendência.
2) Reprodução sexuada: esse é o processo clássico de fecundação, na qual os DNAs do pai e da mãe se combinam por meio da fusão de gametas para produzir um novo indivíduo.
3) Segregação independente: a variação genética ocorre por meio da separação dos cromossomos, na qual cada indivíduo tem 46 cromossomos. Assim, ele tem 2 pares de 23 cromossomos, sendo que um par foi herdado do pai e o outro da mãe.

Outros conceitos da Teoria da Evolução

Além disso, é importante citar também outros conceitos importantes para compreender o evolucionismo contemporâneo:

  • Fluxo gênico: a migração de indivíduos para outras regiões pode aumentar a variação genética. Contudo, a longo prazo, uma frequência excessiva de migrações tende a reduzir a variabilidade genética.
  • Deriva gênica: evento no qual ocorrem mudanças decisivas em um ambiente, com eliminação exponencial de espécies e genes, a exemplo das grandes catástrofes.
  • Cladogênese: processo de transformação entre as espécies o qual produz dicotomia com a população original, com formação de filogenias (histórias evolutivas de uma espécie) e clados (grupo de organismos advindos de um único ancestral comum).
  • Anagênese: transformações graduais que mudam a população original sem produzir novos clados.
  • Introdução de espécies exóticas: levando-se em consideração que espécie nativa é uma espécie local/endêmica ao ambiente e espécie exótica é uma espécie que não se encontra naturalmente nesse ambiente, o fenômeno do impacto ambiental representa o aumento desenfreado de espécies exóticas em um ambiente, o que acarreta a diminuição de espécies nativas. Além disso, esse movimento altera as cadeias alimentares e reduz a biodiversidade da região.

Teoria da Evolução Humana

O evolucionismo aponta que a espécie humana (Homo Sapiens Sapiens) evoluiu por meio de um ancestral comum com outros primatas. Isso significa que, diferentemente do que o senso comum acredita, é errôneo afirmar que o homem veio do macaco. A saber, esse dado tem como fundamentos evidências biológicas, fósseis e conhecimentos sobre anatomia e embriologia.

Na imagem presente neste conteúdo, você pode conferir as etapas de evolução da espécie humana, na ordem: Australopithecus, Homo Habilis, Homo Erectus, Homo Sapiens Neanderthalensis, Homo Sapiens Sapiens. Esse processo evolutivo foi marcado por importantes transformações, tais como:

  • existência de polegar opositor e de órgãos mais complexos;
  • cuidado parental;
  • aumento encefálico;
  • adaptação gradual à atividade arborícola;
  • transformação em predador na cadeia alimentar, aspecto favorecido pela mão preênsil, visão binocular e reforço do córtex;
  • bipedalismo;
  • linguagem.

Por fim, você pôde ler neste resumo quais são os fundamentos do evolucionismo. Dessa forma, é decisivo notar que essa Teoria não indica que a evolução signifique necessariamente um progresso, mas sim uma transformação. Ou seja, estamos falando de um processo contínuo de mudança por meio da seleção natural.

Se você curtiu este conteúdo sobre a Teoria da Evolução, não deixe de conferir também o nosso resumo sobre mitose e meiose na biologia.

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