Você sabe o que é ensino técnico e profissional?

ensino técnico e profissional

A base de uma economia produtiva é a oferta robusta de ensino técnico e profissional, a qual também é capaz de tornar o sistema educacional cada vez mais plural e integral.

Neste artigo, você vai conhecer como funciona essa modalidade, quais são os seus cursos, qual o impacto do Novo Ensino Médio sobre ela e quais são as suas perspectivas de futuro. Logo, continue com a leitura para descobrir.

O que é ensino técnico e profissional?

O percurso escolar básico é composto pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Entretanto, existe outra modalidade no sistema educacional brasileiro que auxilia a formação dos estudantes: a técnica e profissional.

Iniciado no ensino médio e continuado após a formatura neste nível, o ensino técnico tem o objetivo de inserir melhor os estudantes no mercado de trabalho com uma qualificação educacional adequada. Desse modo, seria possível alocá-los no mundo profissional antes ou até mesmo sem cursar uma faculdade, a partir dos conhecimentos e habilidades aprendidas na escola.

Assim, a educação técnica não ocorre de modo paralelo à formação básica tradicional. Ela é integrada com o estudo das outras disciplinas e, ao final do percurso, o estudante receberá tanto o diploma de nível médio quanto o de formação técnica.

A saber, a modalidade técnica tem amparo no marco legal da educação brasileira, em especial na LDB, no PNE e na BNCC. Todavia, é importante diferenciá-la de outras duas formações: a de tecnólogo e a profissionalizante. O curso de tecnólogo funciona semelhantemente a uma graduação, com duração de 2 a 3 anos. Por outro lado, um curso profissionalizante tem curta duração e objetiva aperfeiçoar e atualizar os conhecimentos de quem o faz.

Exemplos de formações

A oferta de cursos no ensino técnico e profissional é regulamentada pelo Conselho Nacional de Educação. Ademais, confira a seguir os eixos de algumas formações disponíveis aos estudantes nas escolas com essa modalidade:

  • ambiente e saúde;
  • controle e processos industriais;
  • militar;
  • desenvolvimento educacional e social;
  • turismo, hospitalidade e lazer;
  • gestão e negócios;
  • informação e comunicação;
  • infraestrutura;
  • produção alimentícia;
  • recursos naturais;
  • produção cultural e design;
  • segurança;
  • produção industrial.

Novo Ensino Médio

A reforma do ensino médio e as diretrizes da BNCC já orientam a estruturação do ensino técnico e profissional nas escolas. Desse modo, essa modalidade é um dos cinco itinerários formativos que o estudante poderá escolher ao longo da sua formação escolar (1200 horas de carga horária complementar). Oficialmente, o documento prevê:

“Formação técnica e profissional: desenvolvimento de programas educacionais inovadores e atualizados que promovam efetivamente a qualificação profissional dos estudantes para o mundo do trabalho, objetivando sua habilitação profissional tanto para o desenvolvimento de vida e carreira quanto para adaptar-se às novas condições ocupacionais e às exigências do mundo do trabalho contemporâneo e suas contínuas transformações, em condições de competitividade, produtividade e inovação, considerando o contexto local e as possibilidades de oferta pelos sistemas de Ensino” (BNCC, p.478).

Assim, o ensino técnico é capaz de desenvolver competências nos alunos que os preparem para o mercado de trabalho. Dessa maneira, a aprendizagem dessas habilidades lhes permitirá ingressar em carreiras que sustentem o seu projeto de vida.

Potencial para o presente e o futuro

O ensino técnico e profissional é uma das principais ferramentas educacionais para o combate do desemprego, o crescimento da economia e a emancipação do indivíduo. Além disso, a educação técnica é uma excelente forma de contornar o problema da “geração nem-nem”, ou seja, os jovens que estão sem trabalhar e sem estudar, os quais já são mais de 12 milhões de pessoas no país.

Porém, essa modalidade ainda é bastante restrita no Brasil. Segundo estatísticas oficiais do IBGE, somente 8% dos estudantes brasileiros optaram por essa prática, números bastante distantes do verificado na União Europeia (46%). Nesse sentido, o Plano Nacional de Educação de 2014 prevê em sua Meta 11 que esse índice chegue a 50% até 2024.

Por fim, mesmo que o Novo Ensino Médio seja um bom caminho para expandir a modalidade no Brasil, é fato que a meta do PNE não será alcançada tão cedo. Desse modo, cabe a todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem debaterem e implementarem iniciativas que acelerem esse movimento. Sobretudo, deve-se informar e conscientizar o jovem estudante de que existem diferentes caminhos para o sucesso profissional – seja pelo ensino técnico, pela faculdade ou por ambos os sistemas. Acima de tudo, deve-se ter disciplina e comprometimento com a própria formação educacional e ter o autoconhecimento necessário para tomar decisões alinhadas com a sua visão de futuro.

Gostou deste artigo? Então, confira também quais são as tendências para a educação do século XXI no Brasil e no mundo.

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