História do circo

história do circo

A história do circo representa uma evolução temporal na qual várias manifestações artísticas se entrelaçam ao longo do tempo.

Neste resumo, você vai descobrir a importância de conhecer a história da arte circense, como ocorreu o seu percurso histórico e como ela é abordada nos currículos escolares. Logo, prossiga com a leitura para conferir.

Por que devemos estudar a história do circo?

De antemão, o circo é uma expressão cultural e forma de entretenimento milenar existente em praticamente todas as sociedades ao longo da história. Desse modo, analisar o seu percurso histórico nos permite verificar como aqueles povos manifestaram os seus anseios, críticas e expectativas. Igualmente, podemos perceber como se expressavam corporal, musical e socialmente.

Além disso, o circo é um tópico presente no currículo escolar, como você verá adiante neste artigo. Sobretudo, ele faz parte da área de educação artística. Nesse sentido, ele também cai em vestibulares como o ENEM. Por exemplo, na edição de 2009, uma questão tratou da mostra Largo do Paissandu, na qual o candidato deveria analisar a história da arte circense. Por outro lado, a prova de 2012 explorou este tema sob um aspecto interdisciplinar, em uma questão onde o aluno deveria analisar a circunferência de um “globo da morte”.

Circo na Antiguidade

Primeiramente, o circo é uma arte que combina acrobacias, malabarismos, mágicos, palhaços e outras performances artísticas. A sua história remonta a tempos antigos e evoluiu ao longo dos séculos, a partir da incorporação de diversas influências culturais e artísticas.

Os primórdios do circo podem ser traçados até as civilizações antigas, como os egípcios, chineses, indianos, gregos e romanos, que realizavam espetáculos de acrobacias e domavam animais. Cabe fazer uma menção especial à sociedade romana devido ao alto grau de investimento nesta arte, como na construção das arenas Circo Máximo e Coliseu. Sobretudo, elas passaram a abrigar espetáculos com animais, lutas de gladiadores e corridas de biga, os quais representavam a “política do pão e circo” para milhares de pessoas presentes nesses estádios, tanto plebeus, quanto aristocratas.

Arte circense medieval

Adiante, a história do circo na Idade Média estava essencialmente representada pelos saltimbancos, os quais eram artistas itinerantes que organizavam espetáculos nas vilas e cidades em troca de dinheiro.

Em resumo, essas manifestações culturais eram marcadas pela valorização da música, da dança e truques simples de malabarismo. Entretanto, a natureza dessas apresentações era praticamente amadora e desprovida de recursos financeiros robustos.

Surgimento do circo moderno

Em suma, o circo moderno teve origem no final do século XVIII, na Inglaterra, com a figura emblemática de Philip Astley. Esse homem era um ex-soldado e cavaleiro que montou um picadeiro circular em 1768, o que deu início aos primeiros espetáculos circenses. Igualmente, cabe mencionar também sobre essa época o domador francês Antoine Franconi, associado de Astley e renomado por sua habilidade com feras selvagens.

No século XIX, o circo começou a se popularizar e se expandir pelo mundo, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. A introdução de tendas de lona, a inclusão de novos números e a itinerância dos circos contribuíram para sua disseminação. Grandes nomes surgiram nessa época, como P.T. Barnum, que fundou o famoso Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus (conhecido como “O Maior Espetáculo da Terra”), assim como o artista Thomas Cooke.

Durante o século XIX e o início do século XX, o circo incorporou uma variedade de atrações como malabaristas, contorcionistas, trapezistas, palhaços e artistas de animais. As companhias circenses viajavam de cidade em cidade, montavam suas tendas e cativavam públicos de todas as idades. Assim, o circo se tornou um local onde a fantasia e o mundo mágico se encontravam, o que proporcionava momentos de diversão e escapismo.

Circo contemporâneo

No entanto, com o passar do tempo, o circo também enfrentou críticas e desafios. O uso de animais em atos circenses gerou polêmica e levantou preocupações sobre bem-estar animal. Logo, muitos circos modernos abandonaram o seu uso nas apresentações. Ao contrário, passaram a focar em performances acrobáticas e artísticas.

Ademais, na era contemporânea, o circo passou por uma renovação criativa. A saber, surgiram diferentes vertentes e estilos circenses, como o contemporâneo, que incorpora elementos de dança, teatro e outras artes cênicas. Além disso, o circo social e o circo terapêutico ganharam destaque, pois utilizam a arte circense como forma de inclusão, educação e reabilitação.

Hoje, o circo continua a encantar e inspirar pessoas ao redor do mundo. Festivais e espetáculos circenses são realizados em diversos países, reunindo artistas talentosos e criativos. O circo tornou-se uma forma de arte versátil e cativante, a qual transcende fronteiras culturais e emociona plateias de todas as idades, inclusive com a utilização de novas tecnologias. Atualmente, podemos citar a companhia canadense Cirque du Soleil como o maior caso de sucesso.

História do circo no Brasil

Todavia, o circo só se consolidou em território brasileiro no século XIX. Em suma, ele veio com imigrantes europeus cujas famílias se dedicavam a essa arte, tais como as comunidades ciganas. Assim, destacavam-se espetáculos com shows de ilusionismo, performances com animais e atividades de palhaços com humor escrachado (diferentemente do circo europeu, o qual era caracterizado por palhaços que focavam em mímicas).

No percurso histórico circense mais remoto no Brasil, vale mencionar as contribuições dos palhaços Pipoquinha, Arrelia, Piolin, Fuzarca e Torresmo. Em relação aos circos, destacaram-se os circos Ginástico Português, Teatro Guarani, Garcia, Americano e Vostok.

Em relação ao formato contemporâneo, a abertura da Escola Nacional de Circo em 1982 foi um grande marco desta arte no Brasil. Assim, artistas de todo o país puderam se profissionalizar para divulgar e realizar com sucesso os seus espetáculos. Enfim, os circos brasileiros mais populares nesse período recente são o Mirage Circus, a Nau de Ícaros, o Escola Picadeiro e os Parlapatões, dentre outros. No que se refere aos palhaços, é indispensável citar os artistas Patati e Patatá, Carequinha, Bozo e Atchim e Espirro.

Importância do circo na BNCC

Por fim, a história do circo também está prevista como conteúdo obrigatório na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), inserida no campo de linguagens e na área de artes. Como dissemos anteriormente, as diferentes expressões culturais circenses são frequentemente mencionadas no ENEM.

A saber, o circo na BNCC está presente em todos os níveis educacionais. Na educação infantil, ele se representa essencialmente de forma transversal em dois campos de experiência: o “corpo, gestos e movimentos”, no qual a criança pode aprender sobre as diversas formas circenses de expressão teatral e corporal, sempre de maneira lúdica; o “traços, sons, cores e formas”, com o qual ela terá contato com as artes visuais e musicais referentes a esse espetáculo.

A partir do ensino fundamental, o estudante terá contato com a arte circense inserida em um diálogo interdisciplinar com o teatro. Assim, ele explorará várias linguagens e formas estéticas híbridas, assim como a dança e a música (BNCC, p. 196).

Em último lugar, no ensino médio, a prática do circo valoriza duas dimensões fundamentais: a autoral, com o incentivo para que o aluno se expresse por meio do corpo, da música e da interação social; a multicultural, na qual se trabalha com o estudante a ideia de que as artes circenses têm diferentes formas de existência e sentidos relacionados ao seu lugar de produção cultural (BNCC, p. 482-483).

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