A modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma importante ferramenta de superação da desigualdade no Brasil. Infelizmente, nem todos conseguem iniciar e terminar os estudos na idade adequada. Assim, é aqui que esse programa opera.
Neste artigo, você vai descobrir melhor o que é essa modalidade, como ela funciona, quais são as principais razões do abandono escolar e se existem alternativas para complementar esse programa. Logo, prossiga com a leitura para conferir.
O que é Educação de Jovens e Adultos (EJA)?
No Brasil, mais da metade da população acima de 25 anos não tem a educação formal finalizada. A saber, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, determina a criação de um programa de ensino gratuito destinado a jovens e adultos de escolarização incompleta. Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, em seus artigos 37 e 38, prevê que o Estado assegure a eles o direito de acesso à instrução formal, mesmo que tardia.
Assim, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) surgiu para substituir o “curso supletivo” e para permitir que pessoas retornem aos estudos e possam se qualificar para a vida e o mercado de trabalho, o que corrigiria o déficit educacional no Brasil. Além de democratizar na prática o ensino no país, essa modalidade consolida a ideia de que nem todos partem do mesmo lugar, o que faz com que os poderes públicos ajam para superar desigualdades e injustiças sociais.
Motivos do abandono escolar
Por que algumas pessoas não terminam a educação escolar na idade adequada? Veja a seguir as principais razões.
1) Razões sociais
O Brasil ainda é um país com muita pobreza. Logo, faltam oportunidades de acesso à educação para uma expressiva parcela da população carente. Infelizmente, o trabalho infantil ainda é realidade nos rincões do país, o que faz com que as crianças abandonem a escola para trabalhar com a família.
Além disso, a estrutura educacional é precária em boa parte do país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Faltam escolas e professores em número suficiente para atender às necessidades dos alunos que estão na idade de receber a educação formal. Esse segmento é o público-alvo principal do EJA.
2) Transtornos de aprendizagem
Pessoas que têm dificuldades ou bloqueios para aprender podem abandonar a escola por falta de uma orientação adequada, principalmente em contextos de vulnerabilidade social. Porém, os transtornos de aprendizagem são fenômenos clínicos e psicológicos que podem ser superados com o apoio da família e da escola, o que reforçaria a vontade do aluno de permanecer na instituição.
3) Questões pessoais
Como dissemos anteriormente, a realidade social brasileira é problemática. Igualmente, problemas de cunho pessoal podem ameaçar a presença dos alunos na escola. Podemos citar como exemplo as doenças, as dificuldades familiares, as experiências traumáticas no ambiente escolar ou até a falta de motivação para estudar.
4) Alfabetização tardia
A alfabetização é o início do processo educacional e a sua etapa mais importante, pois dita os rumos de toda a futura aprendizagem. Por isso, quando um indivíduo é alfabetizado tardiamente, o seu percurso na escola se torna muito mais árduo e difícil. A ocorrência de muitas repetências de série participa desse mesmo contexto, o que leva frequentemente à evasão escolar. Por outro lado, ainda existe o triste fenômeno de pessoas que são analfabetas.
Como o programa funciona?
A Educação de Jovens e Adultos compreende duas fases, as quais representam o ensino fundamental e o ensino médio, com as suas disciplinas conexas. A saber, ao término de ambas, existe a obrigatoriedade de prova de certificação, a ser organizada pelas secretarias municipais ou estaduais de educação.
A primeira etapa tem duração de dois anos e tem como público-alvo pessoas a partir de 15 anos. Adiante, a segunda fase ocorre em dezoito meses e foca em indivíduos a partir dos 18 anos. Após esse percurso, os estudantes estarão aptos a prestarem vestibulares e terão oficialmente o diploma pelo EJA. O programa abarca aulas diárias de quatro horas, de segunda a sexta-feira.
Desse modo, percebe-se que essa modalidade tem um método próprio, que condensa os conteúdos das séries em um período de aprendizagem adaptada. Geralmente, as inscrições para o programa ocorrem duas vezes ao ano. Além disso, em alguns municípios, é possível escolher fazer aulas presencialmente nas escolas ou a distância. Assim, procure a sua instituição de interesse para mais informações.
EJA ou ENCCEJA?
É um erro comum confundir esses dois termos. A Educação de Jovens e Adultos é um programa de ensino continuado, como você pôde ver neste artigo. Por outro lado, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) é um teste elaborado pelo Ministério da Educação para certificar o nível do conhecimento de um estudante, a ser classificado como fundamental e médio. Essa prova ocorre uma vez ao ano e pode ser realizada sem depender da última série cursada pela pessoa.
Uma boa opção: aula particular
Por fim, além de ingressar no EJA, é possível contornar as lacunas na sua escolarização por meio do reforço escolar. Ao fazer aulas particulares focadas nas disciplinas e nos conteúdos em que você tem mais dificuldade, você conseguirá contornar as suas dificuldades no que se refere à educação.
A Milênio Reforço Escolar pode lhe ajudar nessa jornada. Oferecemos um atendimento personalizado para as suas necessidades, com professores pacientes e experientes. Podemos montar um programa de aulas tanto para complementar a sua Educação de Jovens e Adultos na escola (e se preparar para a prova de certificação), quanto para a aprendizagem pessoal. O que você preferir.
Desse modo, entre em contato com a gente para marcar uma aula experimental gratuita (veja o quadro de contatos abaixo). Ministramos aulas em domicílio no Distrito Federal e online para todo o Brasil. Lembre-se sempre: não existe idade para interromper os estudos.