A transição da Idade Média para a Moderna teve o Renascimento como um dos seus componentes. Neste resumo, você vai conferir o seu contexto histórico, as suas características e as suas principais expressões artísticas. Logo, prossiga com a leitura para descobrir.
Renascimento: contexto histórico
O movimento renascentista (ou “Renascença”) nasceu no século XIV, durante a Idade Média. Primeiramente, ele teve como foco as cidades da península itálica (como Florença, Roma, Veneza e Milão), para adiante se difundir ao resto da Europa, com diferentes variações durante os seus quase trezentos anos. Em suma, ele consistiu em novos modos de se produzir a pintura, a arquitetura, a escultura e outras manifestações artísticas.
A saber, aquele era um período de importantes transformações históricas. Primeiramente, o fortalecimento da urbanização e o crescimento das trocas comerciais das regiões ameaçavam o sistema feudal já decadente. O surgimento das monarquias nacionais centralizava gradualmente o poder em torno dos reis, em detrimento aos senhores feudais. Concomitantemente, novas perspectivas se abriam com a expansão marítima e as descobertas científicas, tais como o heliocentrismo e o avanço da medicina (maior conhecimento sobre a anatomia do corpo humano e a circulação sanguínea).
Além disso, o período renascentista nasceu em meio a um contexto de turbulência religiosa na Europa. Esse fator pôde ser percebido na disseminação de heresias e na posterior Reforma Protestante, a qual abalou a influência da Igreja no continente.
Características
O principal objetivo do Renascimento era “reviver” a tradição da cultura clássica greco-romana por meio do humanismo. Logo, buscava-se um ideal artístico baseado no antropocentrismo, na razão, na valorização da beleza da natureza e do corpo humano. Isso significou uma representação mais realista e objetiva das imagens.
Assim, inspirados pelo passado clássico, os seus expoentes aplicaram em suas obras um novo conceito de perspectiva com base na simetria das formas. Desse modo, a técnica artística se dotou de atributos da matemática como a proporção e a razão perfeita.
Entretanto, além da mitologia greco-romana, há de se ressaltar que as obras renascentistas ainda versaram sobre temas ligados à religião cristã, porém, sob um estilo não-teocêntrico. Inclusive, esse aspecto é reforçado pelo fato de que grande parte dos seus artistas tinha a Igreja como a sua “patrocinadora” (mecenas).
Pintura
De fato, os pintores do renascimento foram artistas cujas obras ganharam fama e admiração até hoje. Sobretudo, a sua utilização da simetria na perspectiva seguia as regras da matemática para o cálculo das proporções dos personagens presentes nos quadros, como dito anteriormente. Em suma, o realismo conceitual dos pintores da Renascença almejava a representação fidedigna dos traços e das formas retratadas.
Além disso, esses artistas empregavam com frequência a tela e a tinta a óleo para a confecção de suas pinturas, as quais tinham como característica o contraste entre o claro e o escuro. Dessa maneira, valorizava-se nessas obras a harmonia entre as partes iluminadas e as partes na sombra, o que conferia um aspecto de vivacidade às cores utilizadas.
Principais artistas
- Leonardo Da Vinci;
- Michelangelo;
- Botticelli;
- Fra Angelico;
- Rafael Sanzio;
- Piero dela Francesca;
- Ticiano Vecellio;
- Albrecht Dürer;
- Pieter Bruegel;
- Hieronymus Bosch.
Escultura
A escultura do Renascimento expressava perfeitamente o seu ideal humanista, o qual era representado pela fabricação realista do corpo humano na obra. Dessa forma, inspirados pelo ideal de beleza da Antiguidade Clássica, os escultores renascentistas retomaram a representação naturalista da nudez em suas estátuas, a glíptica (gravura em pedras preciosas) e o conceito da escultura enquanto arte própria (diferentemente do período medieval, no qual ela era considerada um ornamento).
Artistas de destaque
- Michelangelo;
- Andrea del Verrocchio;
- Donatello.
Arquitetura
Assim como na pintura e na escultura, a arquitetura renascentista valorizava a harmonia das formas. A reconstrução da Basílica de São Pedro no Vaticano por Michelangelo foi um ótimo exemplo, do qual podemos citar os arcos de volta perfeita e a simetria entre as colunas. Em suma, os arquitetos do Renascimento se inspiravam nas descrições de Atenas e Roma antiga para tentar reelaborar os seus edifícios.
Principais expoentes
- Filippo Brunelleschi;
- Leon Alberti;
- Andrea Palladio;
- Donato Bramante;
- Michelangelo.
Conclusão
Por fim, é importante destacar que o Renascimento não pode ser considerado como uma ruptura radical com os valores da Idade Média. Como foi dito anteriormente, os artistas renascentistas ainda sofriam a influência dos valores e da mentalidade de sua época. Contudo, é seguro afirmar que a Renascença foi o prenúncio de uma modernidade que questionou paradigmas estabelecidos na arte, na cultura e na ciência.
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