Regência verbal e nominal

regência verbal e nominal

A sintaxe da língua portuguesa tem a regência verbal e nominal como seus elementos estruturantes, o que auxilia na clareza da comunicação e no refinamento de um texto.

Neste resumo, você vai conferir as características e as classificações desses tipos de regência. Logo, prossiga com a leitura para descobrir.

O que é regência verbal e nominal?

Regência verbal

Primeiramente, a regência verbal é uma área da gramática que estuda as relações sintáticas de subordinação entre os verbos e seus complementos. Assim, ela representa a maneira como o verbo é relacionado aos outros elementos da frase.

Adiante, a regência verbal se divide em duas categorias sintáticas principais: verbos transitivos (diretos ou indiretos) e intransitivos. Desse modo, você pode verificar as diferenças dessa classificação abaixo.

Transitiva direta

Enfim, os verbos transitivos diretos são aqueles que exigem um complemento direto sem preposição, ou seja, um objeto que recebe diretamente a ação verbal. Assim, vejamos um exemplo. O verbo “ler” é transitivo direto, porque precisa de um objeto direto para completar seu sentido: “eles leem um livro”. Nesse sentido, a palavra “livro” funciona como o objeto direto que define o sentido da oração. Confira outros casos de verbos transitivos diretos:

  • Eu como frutas todos os dias;
  • Eles escreveram uma carta para sua mãe;
  • Nós estudamos a matéria para as provas finais.

Transitiva indireta

Ademais, existem também os verbos transitivos indiretos, os quais exigem um complemento preposicionado, ou seja, um objeto indireto que é introduzido por uma preposição. Por exemplo, o verbo “gostar” é transitivo indireto, pois precisa de um objeto indireto introduzido por “de” para completar seu sentido, como em “eu gosto de chocolate”. Dessa forma, conheça outros verbos como esse:

  • Eu me esqueci de lavar a louça;
  • Ele não lembrou de fechar a porta;
  • Nós cuidamos dos nossos pais;
  • Eles dependem da família para sobreviver.

Porém, existem alguns verbos cujo tipo de transitividade varia de acordo com o sentido da frase, como o verbo “assistir”:

  • Eu assisti o meu pai (direto, com sentido de “ajudar”);
  • Eu assisti ao meu pai (indireto, com sentido de “ver”).

Por outro lado, podemos citar também outros verbos que se integram nesta exceção variável: “atender”, “agradar”, “avisar”, “chamar”, “esquecer”, “preferir”.

Intransitiva

Por fim, os verbos intransitivos não exigem um complemento, pois sua ação é completa em si mesma. Por exemplo, o verbo “dormir” é intransitivo, pois não precisa de um objeto para completar seu sentido: “eu durmo bem”. Logo, veja outros exemplos desse tipo de verbo:

  • O avião chegou no horário previsto;
  • Ela correu pela praça no final de tarde;
  • O sol nasceu no horizonte;
  • O idoso morreu tranquilo em sua fazenda.

Todavia, cabe fazer aqui um apontamento relevante. Embora alguns verbos estejam frequentemente associados a um tipo de regência, existem exceções que devem ser verificadas de acordo com o contexto da frase. Por exemplo: o verbo “estudar” é comumente empregado sob regência direta, mas existem situações em que ele opera de forma intransitiva. Veja um destes casos:

  • Eu estudo todos os dias da semana (perceba que aqui inexiste um complemento ao verbo “estudar”).

Regência nominal

Em prosseguimento a este resumo sobre regência verbal e nominal, vejamos agora esta última classificação. A saber, a modalidade nominal é um dos aspectos da sintaxe da língua portuguesa que se ocupa das relações estabelecidas entre os nomes e as palavras que os complementam.

Assim, a regência nominal estuda as preposições ligadas aos substantivos, adjetivos e pronomes, por meio da indicação da sua função na oração. Logo, confira alguns exemplos:

  • A admiração pela natureza é um sentimento nobre (a preposição “pela” complementa o substantivo “admiração”);
  • Ela tem medo de altura (a preposição “de” complementa o substantivo “medo”);
  • O amor pelo conhecimento é a base da sabedoria (a preposição “pelo” complementa o substantivo “amor”).
  • Ele é indiferente aos problemas alheios (o pronome “aos” complementa o adjetivo “indiferente”, indicando a relação entre o sujeito e os problemas).

Dicas finais de regência

Em último lugar, é fato que compreender a correta utilização da regência verbal e nominal na língua portuguesa exige bastante prática e memorização. Além disso, como dissemos anteriormente, é sempre muito importante analisar o contexto da palavra na frase ao se perguntar do seu sentido e ao reconhecer a circunstância dos seus complementos possíveis (por exemplo: quando? de onde? para quem? como? o quê? por quê?).

Desse modo, confira abaixo uma lista resumida de alguns termos geralmente empregados para esse segmento de regências:

  • Verbos de regência verbal transitiva direta: estudar, realizar, agradar, ajudar, amar, fazer, querer.
  • Verbos de regência verbal transitiva indireta: gostar, duvidar, obedecer, avisar, sonhar, cair, lembrar, responder, morar.
  • Verbos de regência verbal intransitiva: ocorrer, viajar, ir, nascer, morrer, chegar.
  • Palavras de regência nominal: análogo a, apto a, capaz de, satisfeito com, perto de, anterior a, ansioso por, contrário a, pronto para, imune a, situado em, interessado por, livre de.

Gostou deste resumo sobre regência verbal e nominal? Então, confira também o nosso artigo sobre o Novo Acordo Ortográfico na língua portuguesa.

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