As orações subordinadas são um elemento fundamental na língua portuguesa. Elas desempenham um papel crucial na estruturação das frases e permitem que as ideias sejam organizadas de maneira mais complexa e elaborada.
Neste resumo de português, você vai descobrir como essas orações funcionam e quais os seus principais tipos. Logo, prossiga com a leitura para conferir.
O que são orações subordinadas?
Primeiramente, uma oração de formato subordinado é uma unidade sintática que depende de uma oração principal para a construção do seu sentido. Logo, ela atua como complemento ou adjunto da oração principal e é introduzida por conjunções subordinativas ou pronomes relativos. Nesse sentido, elas se diferenciam das orações coordenadas, as quais possuem um sentido completo.
A oração subordinada tem uma estrutura semelhante à das orações principais, com um sujeito, um verbo e possíveis complementos. No entanto, a sua construção pode variar dependendo do tipo de oração subordinada e da relação que ela estabelece com a oração principal.
Em suma, existem vários tipos dessas orações. Você pode conferir esta classificação e as subclassificações a seguir. Para ilustrarmos melhor este quadro, colocaremos as orações subordinadas em negrito.
Classificação das orações de tipo subordinado
1) Substantivas
De antemão, as orações subordinadas substantivas exercem a função sintática de substantivo no período. Desse modo, elas podem ser objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo ou aposto.
Subjetiva
Oração subordinada substantiva que exerce a função de sujeito. Exemplo: É essencial que entendamos a função de cada trabalhador nesta empresa.
Predicativa
Oração subordinada substantiva que exerce a função de predicativo do sujeito. Exemplo: Meu receio é que ele não finalize a tarefa.
Completiva nominal
Oração subordinada substantiva que exerce a função de complemento nominal e sempre se inicia com preposição. Exemplo: Ela tem esperança de que a vida irá melhorar.
Objetiva direta
Oração subordinada substantiva que exerce a função de objeto direto. Exemplo: Eu acho que o Brasil não ganhará a Copa do Mundo.
Objetiva indireta
Oração subordinada substantiva que exerce a função de objeto indireto. Exemplo: Não tenho certeza de que ele irá à festa.
Apositiva
Oração subordinada substantiva que exerce a função de aposto. Exemplo: O Ministério da Educação prioriza uma meta: que nenhuma criança fique fora da escola.
2) Adjetivas
Adiante, as orações subordinadas adjetivas atuam como adjetivos, pois descrevem ou qualificam um substantivo na oração principal. Além disso, elas se dividem em dois formatos: explicativo e restritivo.
Explicativa
As orações de tipo subordinado adjetivo explicativo explicam melhor e esclarecem o termo antecessor, geralmente empregadas com vírgulas. Exemplo: Esta casa, que reformei no ano passado, já apresenta rachaduras.
Restritiva
Ademais, as orações de tipo subordinado adjetivo restritivo delimitam o significado do termo antecessor, sem a utilização de vírgulas. Exemplo: A casa que reformei no ano passado já apresenta rachaduras.
3) Adverbiais
Enfim, as orações subordinadas adverbiais funcionam como advérbios e modificam o verbo da oração principal. Portanto, elas indicam circunstâncias como tempo, lugar, causa, condição, modo, finalidade, etc. Assim, descubra a seguir as suas subclassificações.
Causal
Em primeiro lugar, uma oração de tipo subordinado adverbial causal indica a existência de uma causa. Exemplo: Por ter batido o meu carro, eu cheguei atrasado.
Comparativa
Oração subordinada adverbial que promove uma comparação entre a oração principal e a subordinada. Exemplo: A qualidade do ensino dessa escola é avaliada tal qual se faz com as outras instituições escolares.
Concessiva
Oração subordinada adverbial que denota uma quebra de expectativa entre as orações. Exemplo: Renata é uma profissional experiente, apesar de às vezes duvidar da sua própria capacidade.
Condicional
Oração subordinada adverbial que apresenta uma ideia de condição. Exemplo: Maria será bem-sucedida, desde que estude.
Conformativa
Oração subordinada adverbial que estabelece a ideia de concordância. Exemplo: Fiz minha prova conforme as regras do edital.
Consecutiva
Oração subordinada adverbial que denota uma consequência frente à oração principal. Exemplo: Dormi tanto, que perdi a hora.
Final
Oração subordinada adverbial que expressa a ideia de finalidade. Exemplo: Ana foi ao cinema a fim de ver um filme de ação.
Temporal
Oração subordinada adverbial que determina uma ideia de tempo. Exemplo: Fico triste sempre que visito um cemitério.
Proporcional
Ademais, a oração subordinada adverbial expressa a ideia de proporção entre a oração subordinada e a principal. Exemplo: À medida que estudava, eu ficava mais preparado para a prova.
Quadro esquemático
De fato, como você pode perceber, existem muitas classificações possíveis para uma oração subordinada. Então, selecionamos este quadro que elenca todos os tipos anteriores:
Orações subordinadas desenvolvidas e reduzidas
Por fim, é possível estabelecer ainda dois tipos de oração subordinada: desenvolvida e reduzida. No primeiro caso, a oração desenvolvida apresenta o seu verbo flexionado no modo indicativo ou subjuntivo, assim como se introduz por conectivos como conjunções, locuções conjuntivas e pronomes. Por exemplo: A Justiça decidiu que absolveria todos os réus.
Entretanto, as orações reduzidas apresentam o seu verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio. Logo, como aqui não existem conjunções, é fácil distingui-la a partir da identificação de termos como “isto”, “disto” e “para isto”. Por exemplo: a Justiça decidiu absolver todos os réus.
Gostou deste resumo sobre as orações subordinadas? Então, confira nosso material sobre o uso dos porquês na língua portuguesa.