Os modos de produção industrial ditaram a evolução do trabalho nas fábricas ao longo da história. Além da sua importância para a força laboral, eles foram decisivos para compreendermos a industrialização moderna.
Neste resumo, você conhecerá o que são e quais foram as principais modalidades industriais experienciadas na história. Assim, prossiga com a leitura para conferir.
O que são os modos de produção industrial?
Primeiramente, é importante apontar a influência do contexto histórico sobre este tema. A Revolução Industrial iniciada no século XVII alterou significativamente o modo de vida e as relações de trabalho da civilização humana. Assim, isso acarretou fenômenos como:
- aumento da migração do campo para a cidade;
- fortalecimento da produção de manufaturas modernas;
- urbanização;
- crescimento econômico dos países;
- redução da pobreza;
- melhora na qualidade de vida da população.
Esse processo histórico se prolonga até os dias atuais. Porém, ele foi marcado por diferentes etapas ao longo dos séculos. Com o desenvolvimento das linhas de produção industrial, os cientistas e grandes financistas buscaram estratégias administrativas para maximizar a quantidade de itens produzidos nas fábricas, ou seja, aperfeiçoar a produtividade e potencializar os lucros.
Dessa maneira, você pode conferir a seguir os três principais modelos de produção industrial adotados na história, assim como as características da sua divisão social do trabalho.
Taylorismo
O engenheiro americano Frederick Taylor (1856-1915) desenvolveu um novo modelo de produção no início do século XX, o qual enfatizava a importância da repetição, da divisão generalizada de tarefas e da especialização do trabalho na fábrica.
Assim, por meio de normas estritas de controle, os trabalhadores deveriam exercer uma única função no sistema produtivo. A saber, Taylor defendia que a premiação aos funcionários com melhor desempenho resultaria em uma maior produtividade para a fábrica. A título de informação, este modelo também ganhou a alcunha de “administração científica”.
Fordismo
O mais célebre dos modos de produção industrial foi o fordismo. Criado pelo magnata americano Henry Ford (1863-1947), essa configuração foi desenvolvida nas fábricas automobilísticas da Ford a partir da década de 1920.
A saber, essa modalidade consistia em uma linha produtiva mecânica com especialização individual dos trabalhadores. Desse modo, construíram-se esteiras de montagem contínuas nas fábricas, nas quais cada operário desenvolveria uma tarefa específica no processo de fabricação de carros. Naturalmente, observa-se aqui a influência do sistema preconizado por Taylor.
Sobretudo, o resultado do conceito fordista foi o reforço da produção em massa, a qual foi acompanhada de aumento da produtividade, redução no custo produtivo e diminuição do tempo empregado para a montagem.
Toyotismo
O terceiro elemento dos modos de produção industrial é o modelo toyotista. De fato, o seu desenvolvimento ocorreu a partir da década de 1970, quando a tecnologia robótica já estava muito mais evoluída do que nas décadas anteriores.
O industrialista japonês Eiji Toyoda (1913-2013) foi o grande responsável pela concepção dessa modalidade. Assim como o fordismo, o formato toyotista foi experimentado em fábricas automobilísticas. Neste caso, na empresa japonesa Toyota.
A sua grande originalidade foi que os trabalhadores não se especializavam em uma única tarefa. Ao contrário, eles deveriam ser qualificados e participar de várias atividades na linha produtiva, como ênfase no trabalho em equipe. Essa característica ficou conhecida como “acumulação flexível”. Sobretudo, o toyotismo não privilegiava a produção em massa, mas sim a adequação da produção de acordo com a demanda. Nesse sentido, aplica-se o conceito de “just in time”, o qual não preconizava a necessidade de uma grande estocagem na fábrica para que o negócio prosperasse.
Por fim, você pode conferir que os modelos produtivos são excelentes ferramentas para compreendermos a conexão entre capital e trabalho. Igualmente, é possível verificarmos como as sociedades encaram a evolução tecnológica e a utilizam para transformar as relações laborais, o que gera um impacto surpreendente na nossa civilização.
Curtiu este resumo sobre os modos de produção industrial? Então, confira também o nosso material sobre a modernidade líquida na seção de sociologia.