História do livro

história do livro

Se formos conversar sobre as grandes invenções da humanidade, certamente teremos de comentar sobre a história do livro. Esse objeto é importantíssimo para a civilização, sendo o responsável por grande parte do nosso progresso social e científico. Neste resumo, vamos contar todas as etapas do desenvolvimento de uma cultura bibliográfica ao longo dos tempos, tratando tanto do aspecto tecnológico quanto das repercussões sociais. Logo, prossiga com a leitura para conferir.

Fases da história do livro

Tábuas

A princípio, as tábuas de argila foram as precursoras dos livros. Elas surgiram na Mesopotâmia por volta de 3.000 a.C, acompanhando o desenvolvimento da escrita. Posteriormente, a escrita cuneiforme se tornou o modelo padrão, pois virou o meio oficial de registro de leis e decretos reais.

Papiro

Composto a partir do material extraído da planta de mesmo nome, o papiro foi o instrumento de escrita mais utilizado no Egito Antigo, por volta de 2.400 a.C. Dessa forma, os papiros egípcios tinham diversas finalidades, como o registro de conhecimentos, o estabelecimento de leis e também a redação de textos sagrados.

Pergaminho

Os pergaminhos surgiram na Ásia, por volta do século II a.C. A sua fabricação acontecia a partir do couro curtido de animais bovinos. Nesse sentido, o pergaminho tinha a grande vantagem de ser um material mais resistente que o papiro.

Ele se tornou progressivamente o instrumento de escrita mais comum no Império Romano. É nesse período que surgiram as grandes bibliotecas do mundo, como a de Alexandria, na qual se conservavam importantes obras de historiadores e filósofos. Posteriormente, na Idade Média, o pergaminho se popularizaria por causa dos monges copistas nos mosteiros.

Códice

Com a evolução dos pergaminhos, surgiu também o conceito de códice ou codex, que era um conjunto físico de pergaminhos que compunham uma mesma obra. Essa estrutura facilitou o processo de leitura, fazendo com que o leitor não perdesse o tempo que perdia ao abrir os pergaminhos. Assim, o códice era uma estrutura que poderia ser feita de diversos materiais, a qual amarrava as páginas da obra e a dispunha em um formato acessível.

O modelo de códice mais famoso da história é a Bíblia, organizada pelo sacerdote ilírio Jerônimo entre os séculos IV e V. A saber, nela reuniram-se os livros do Antigo e Novo Testamentos traduzidos para o latim e formando assim uma unidade de leitura.

Papel

O material o qual conhecemos hoje como papel tem uma origem primitiva na China, no século II d.C. Tradicionalmente, acredita-se que T’Sai Lun o inventou, produzindo-lo a partir da mistura de cascas de árvores. Nos séculos posteriores, o seu processo de fabricação foi sendo progressivamente sofisticado, abarcando transformações em suas cores e texturas. No século VIII, registraram-se os primeiros livros fabricados na China por meio desse material, principalmente religiosos.

O papel se disseminou ao longo dos séculos no Japão, na Pérsia, na Arábia e na África. Posteriormente, ele foi introduzido na Europa por volta do século X por meio de viagens de caravanas de mercadores. Desse modo, ele tinha uma grande vantagem sobre o pergaminho, pois era mais barato e mais fácil de ser produzido.

Imprensa

A invenção da imprensa por Johannes Gutemberg em 1436 revolucionou a história do livro, pois facilitou o seu processo de produção. Se antes os livros precisavam ser escritos manualmente, com a imprensa eles passaram a ser produzidos artificialmente e em larga escala, o que barateou bastante o seu custo de feitura.

Unindo o códice e o papel, a imprensa funcionava a partir de um molde com os caracteres do idioma do texto, que eram em seguida prensados sobre o material em um dispositivo mecânico e preenchidos com tinta. Assim, o primeiro livro escrito nesse formato foi uma bíblia na língua germânica. A imprensa possibilitou uma circulação mais veloz de livros e saberes no mundo, transformando estruturalmente a nossa civilização.

Revolução Industrial

A industrialização e urbanização ocorridas a partir do século XVII fortaleceram o comércio de livros e papéis no mundo, que eram produzidos cada vez mais em grande escala. É nesse período que surgiram as primeiras editoras da história. Anteriormente, os precursores do livro tinham um valor comercial secundário. Agora, os livros encarnam plenamente uma função econômica. Esse processo foi o responsável por facilitar a alfabetização pelo mundo, devido à facilidade em se obter novos conhecimentos. A leitura, que era reservada para as elites ou para função religiosa, se popularizou. Igualmente, foi nesse momento que despontaram os best sellers.

A tecnologia de fabricação do livro também se aperfeiçoou. Agora, ele passou a ser produzido a partir da pasta de madeira (celulose). Desde o final do século XIX, a máquina responsável por sua impressão passou a funcionar por meio de energia elétrica.

Braille

Uma importante invenção na história do livro foi a criação da escrita em Braille. Desenvolvida pelo educador francês Louis Braille no século XIX, esse formato possibilitou o acesso à leitura pela população cega. A escrita em Braille compõe-se de conjuntos de códigos táteis que podem ser interpretados por esse segmento por meio das mãos em um papel ou material parecido, simulando perfeitamente um texto alfabético.

Revolução digital

As inovações tecnológicas do século XX e XXI que trouxeram o surgimento do computador e da internet revolucionaram novamente a história do livro. Atualmente, o livro físico sofre uma concorrência cada vez maior de livros em formato digital, sejam e-books ou ainda os audiobooks.

O modo como lemos os livros digitais também se alterou. Agora, você pode procurar palavras específicas rapidamente e navegar sobre todo o texto em questão de segundos. Esse fenômeno colabora ainda mais para facilitar a disseminação do conhecimento no mundo. Além disso, ela contribui para reduzir o desmatamento no planeta e proteger o meio ambiente.

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