O El Niño e La Niña são fenômenos oceânicos decisivos para a temperatura global e os processos climáticos do planeta. Da mesma forma, eles provocam efeitos socioeconômicos de grande escala nos países afetados.
Neste resumo, você vai conhecer as características de cada fenômeno e o seu impacto, inclusive para o Brasil. Assim, prossiga com a leitura para conferir.
El Niño e La Niña: fenômenos climáticos
Primeiramente, a variação da temperatura na porção equatorial do Oceano Pacífico influencia o clima em todo o mundo, o que naturalmente provoca fenômenos decorrentes como a frequência das chuvas. Assim, tanto o El Niño quanto a La Niña são consequências deste processo.
Oficialmente, o nome desta condição é ENSO (Sistema El Niño Oscilação Sul), a qual foi primeiramente identificada por pescadores peruanos do século XVII na época do natal. Por isso, as palavras “El Niño” fazem referência ao Menino Jesus, ao passo que se chama o fenômeno com efeitos opostos de La Niña.
Neste sentido, a variação dos ventos alísios é a chave desta alteração, a qual produz um impacto sobre a ressurgência oceânica. A saber, este termo se refere ao fenômeno ocorrido quando as águas profundas mais frias e repletas de nutrientes se deslocam para a superfície do oceano.
De fato, vêm-se registrando variações de temperatura cada vez mais altas no Oceano Pacífico nas últimas décadas, o que naturalmente aponta para o problema da interferência humana sobre o aquecimento global. Nesta imagem, você pode conferir os últimos registros, nos quais as linhas vermelhas representam o El Niño e as azuis a La Niña :
Características do El Niño
De antemão, o El Niño representa a época em que o Oceano Pacífico registra temperaturas mais quentes que a média (o que gera um aumento aproximado de 0,2º C na temperatura global), influenciado pelo enfraquecimento dos ventos alísios que sopram do oeste para o leste.
Com isso, a água quente do mar se desloca para o continente americano e uma quantidade menor de água fria sobe para a superfície. Logo, o calor é liberado na atmosfera, o que cria um ar mais quente e úmido.
Inclusive, o El Niño produz efeitos diretos sobre o clima do Brasil. Dentre eles, podemos mencionar:
- secas nas regiões Norte e Nordeste;
- chuvas na região Sul;
- formação de jato subtropical de oeste para leste.
Fenômeno La Niña
Por outro lado, a La Niña é um fenômeno que existe quando o Oceano Pacífico apresenta temperaturas mais frias do que o normal (o que gera uma redução aproximada de 0,2º C na temperatura global, com o fortalecimento dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste.
A saber, eles alocam uma camada de água quente no litoral da Ásia, o que leva ao aumento do nível da superfície do mar. Por outro, no continente americano, o fenômeno se expressa por meio da subida da água fria para a superfície, assim como na formação de temporais no Golfo do México.
Igualmente, a La Niña acarreta consequências sobre o clima brasileiro. Porém, de efeitos inversos ao El Niño. Enfim, podemos elencar a produção de chuvas nas regiões Norte e Nordeste e secas na região Sul.
Frequência
Por fim, é difícil precisar uma periodicidade exata do El Niño e La Niña. Assim, eles ocorrem em intervalos irregulares de 2 a 7 anos, com cada ciclo durando entre 9 meses e poucos anos. Em resumo, eles se manifestam geralmente nos últimos meses do ano, começam de forma intensa e vão perdendo força até o seu fim.
Neste sentido, cabe destacar que a La Niña é menos frequente que o El Niño. Você pode conferir os mapas resumidos deste último fenômeno a seguir:
Além disso, veja também os mapas das manifestações climáticas e os efeitos da La Niña ao longo dos meses:
Gostou deste resumo sobre o El Niño e La Niña? Então, não deixe de conferir o nosso material sobre as Camadas da Terra nos resumos de geografia.
Fontes das imagens
http://enos.cptec.inpe.br
https://metsul.com/pacifico-repete-padrao-que-precedeu-super-el-nino-em-1983-1998-e-2015