Romantismo

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O Romantismo é uma corrente literária que revolucionou as artes no Brasil e no mundo. Neste resumo, você vai conhecer o seu contexto histórico, as suas principais características e as três gerações de escritores românticos brasileiros. Então, prossiga com a leitura para conferir.

Contexto histórico do romantismo

A literatura romântica surgiu nos séculos XVIII e XIX. Esse período foi marcado por importantes eventos históricos como a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e a ascensão das nacionalidades. No Brasil, ele coincide com a chegada da Família Real ao país e a posterior independência que estabeleceu aqui o Primeiro e o Segundo Reinado.

Sobretudo, ele foi um movimento cultural e estético que também se manifestou nas artes, na escultura, no teatro e na música. A saber, a perspectiva romântica foi influenciada pelo surgimento de novas classes sociais e o desenvolvimento das ideias liberais, em contraposição com os valores do Antigo Regime ligados ao tradicionalismo.

Temas

Em suma, o Romantismo abordou temas como o individualismo, o subjetivismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, o folclore, os heróis, a oposição ao classicismo, o resgate da cultura medieval, o amor platônico, a fuga da realidade, a mulher, a boemia e a melancolia. Particularmente, este último foi bastante explorado na obra “Os sofrimentos do jovem Werther” (1774) de Goethe, a qual é considerada o primeiro livro dessa corrente literária. A título de exemplo, podemos citar diversos livros românticos de destaque:

  • “Ivanhoe” (1819) – Walter Scott
  • “Don Juan” (1824) – Lord Byron
  • “Os miseráveis” (1862) – Victor Hugo
  • “Notre-dame de Paris” (1831) – Victor Hugo
  • “Viagens na minha terra” (1846) – Almeida Garret
  • “Poesias” (1850) – Alexandre Herculano
  • “Amor de perdição” (1862) – Camilo Castelo Branco
  • “Hino à beleza intelectual” (1817) – Percy Shelley

Estilo

O estilo da literatura romântica pregava a liberdade de criação e o afastamento das regras clássicas tanto na prosa quanto na poesia. Assim, a contraposição ao racionalismo e ao formalismo se representavam em versos livres, sem métrica, e versos brancos, sem rima.

No caso brasileiro, a corrente romântica teve várias manifestações ao longo das décadas, as quais podem ser classificadas por fases ou gerações. Dessa maneira, confira a seguir um resumo de suas principais características e autores.

Primeira Geração

O marco inicial do Romantismo no Brasil foi a publicação da obra “Suspiros poéticos e saudades” (1836) por Gonçalves de Magalhães. Nessa fase, buscou-se a construção de uma literatura nacional, genuinamente brasileira. Logo, esse aspecto refletia o contexto de independência recente do Brasil em relação a Portugal e a necessidade de se desenvolver uma identidade do país.

Assim, a literatura romântica de primeira geração privilegiou temas como o nacionalismo, a exaltação da natureza, a religiosidade e o indianismo. Esse último tópico foi bastante marcante, pois os autores dessa etapa consideravam os índios brasileiros como os heróis do nosso passado, assim como os grandes personagens da Idade Média foram em relação aos europeus.

Principais obras

  • “Canção do Exílio” (1843) – Gonçalves Dias
  • “I-Juca Pirama” (1851) – Gonçalves Dias
  • “Iracema” (1865) – José de Alencar
  • “O Guarani” (1857) – José de Alencar
  • “Memórias de um sargento de milícias” (1854) – Manuel Antônio de Almeida
  • “A moreninha” (1844) – Joaquim Manuel de Macedo (essa obra foi o primeiro romance brasileiro).

Segunda geração

A segunda fase do romantismo brasileiro seguiu em sua essência a busca pelos temas ligados à melancolia, ao pessimismo, à boemia e ao “mal do século” representados nas obras de Goethe e de Lord Byron . Dessa forma, essa geração ganhou a alcunha de “ultrarromântica” por explorar com veemência o subjetivismo, o sentimentalismo e discutir a relação entre o amor e a morte.

Principais obras

  • “Noite na taverna” (1855) – Álvares de Azevedo
  • “As primaveras” (1859) – Casimiro de Abreu
  • “Noturnas” (1861) – Fagundes Varela
  • “Inspirações do claustro” (1855) – Junqueira Freire

Terceira geração

A terceira e última geração da literatura romântica brasileira, também chamada de “condoreira”, se conectou com as discussões sociais e políticas de sua época. Dessa maneira, ela se inspirou profundamente nas obras de Victor Hugo. Ademais, essa etapa deu preferência a temas como a escravidão, o abolicionismo, as classes populares, a liberdade, a igualdade e a recusa do amor platônico.

Nesse sentido, a característica social e política dessa geração a transformou na prática em uma antecedente dos movimentos realista e naturalista que surgiriam no final do século XIX.

Principais obras

  • “Espumas flutuantes” (1870) – Castro Alves
  • “Navio negreiro” (1868) – Castro Alves
  • “Helena” (1876) – Machado de Assis
  • “Iaiá Garcia” (1878) – Machado de Assis
  • “O guesa errante” (1884) – Sousândrade
  • “Senhora” (1875) – José de Alencar

Tipos de prosa romântica

Por fim, as três gerações da literatura romântica reuniram importantes obras em prosa, como você viu neste artigo. Contudo, podemos estabelecer ainda uma última classificação nesse segmento da prosa, referente aos seus temas de destaque:

  • Social-urbana: cotidiano da cidade, relações sociais e costumes da sociedade.
  • Indianista: romances que têm um índio como herói (típicos da primeira geração).
  • Regionalista: descrição de uma região ou localidade eminentemente rural.
  • Histórica: história e memória de um povo.

Gostou deste resumo sobre o Romantismo? Então, confira também o nosso material produzido sobre as correntes literárias na história.

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